Em plebiscito cujo resultado saiu nesta sexta-feira às 18h. a maioria dos professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) votou pela continuidade da greve geral por tempo indeterminado.
O plebiscito perguntou: “você está de acordo com a permanência da categoria dos docentes da UFRN em greve geral por tempo indeterminado? Ao todo, 1040 responderam sim; 741 votaram não; e 45 se abstiveram de responder.
A votação ficou aberta das 12h da quarta-feira (29) até as 18h da sexta-feira (31), com o objetivo de consultar a categoria acerca da manutenção ou não da greve por tempo indeterminado.
Participaram da consulta 1.826 docentes, dos quais 56,95% votaram pela continuidade do movimento grevista, 40,58% pelo retorno das atividades e 2,46% se abstiveram.
O presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, afirmou que “mais uma vez o plebiscito expressa a sua importância como um instrumento que referenda a vontade da maioria” e destacou que a consulta aconteceu em concordância com os pilares democráticos que regem quaisquer decisão da categoria docente.
Na próxima segunda-feira (03), o Conselho de Representantes do ADURN-Sindicato e o comando de greve se reúnem para discutir os próximos passos da mobilização.
A greve das universidade federais em 2024 está sendo marcada por um racha entre as entidades que representam os docentes.
A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) assinou, na segunda-feira (27), acordo com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). Dias depois, a justiça determinou que o acordo não valia.
Em contrapartida, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) rejeitou a proposta e quer manter a greve. Nas greves de 2012 e 2015, a divisão entre as entidades se repetiu, com o Proifes aceitando a proposta do governo e encerrando a mobilização antes da Andes-SN.
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