O jantar organizado por Eunício Oliveira ontem em Brasília se transformou numa espécie de reunião de aconselhamento a Lula, que tem surpreendido o meio político com declarações consideradas ‘fora do tom’, até mesmo pelo PT.
Nas últimas semanas, o petista disse que a Ucrânia poderia ter evitado a invasão russa com uma “cervejinha”, defendeu o aborto, incentivou o assédio da militância contra parlamentares e ameaçou banir os militares do governo.
Um interlocutor contou que o petista ouviu ontem apelos para que evite a pauta de costumes, para não dar palanque a Jair Bolsonaro, e concentre seu discurso no “legado de obras e empregos”. O ex-presidente debochou: “Fui coroinha. Sou mais conservador que o Bolsonaro.”
Ao fim do jantar, mais relaxado, Lula concordou com apelos de senadores, como Omar Aziz e Renan Calheiros, para que reforce no discurso a “defesa da democracia” e diga ao eleitor que “essa campanha é diferente das outras, não é entre direita e esquerda, mas entre democratas e autoritários”. Lula também foi aconselhado a parar de falar em “controle da imprensa”.
O Antagonista
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