As contas do governo federal ficaram no vermelho em maio. Dados do Ministério da Fazenda divulgados hoje mostram que houve um déficit primário (despesas maiores que receitas) de R$ 60,983 bilhões no mês passado.
Este é o segundo pior resultado da série histórica (iniciada em 1997) para o mês desde 2020, na pandemia, quando o rombo ficou em R$ 165,1 bilhões (corrigido pela inflação).
CONTAS
O resultado representa uma piora significativa em relação a maio do ano passado, quando foi registrado um superávit (receitas maiores que despesas) de R$ 1,83 bilhão nas contas do governo.
O déficit ocorreu mesmo com o recorde na arrecadação de impostos registrado até maio deste ano, superando R$ 1 trilhão. No entanto, os gastos subiram mais que as receitas do governo. De acordo com o Ministério da Fazenda, descontada a inflação, houve um crescimento de 14% das despesas em maio. Enquanto isso, a receita líquida aumentou 9%.
O resultado negativo em maio foi puxado principalmente pela Previdência Social e pelo Tesouro Nacional, que registraram déficit de R$ 61,2 bilhões e R$ 84 bilhões respectivamente. Enquanto isso, o Banco Central contribuiu com superávit de R$ 129 milhões.
Segundo o Tesouro Nacional, o aumento nas despesas no resultado de maio aconteceu devido a um crescimento de R$ 24,4 bilhões nos pagamentos de benefícios previdenciários, principalmente devido à diferença nos calendários de pagamentos do 13º salário da previdência social, além do aumento do número de beneficiários e da política de valorização do salário-mínimo.
GASTOS
Ao comentar o resultado de maio em coletiva de imprensa para jornalistas no Ministério da Fazenda, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que a política econômica do governo visa equilibrar as demandas sociais com responsabilidade fiscal.
Comentarios