No cenário político do Rio Grande do Norte, a iminente abertura de duas vagas no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) está gerando uma intensa movimentação nos bastidores. Das sete cadeiras disponíveis, quatro são destinadas a membros do próprio Tribunal, enquanto as três restantes são indicadas pelo Poder Executivo.
A cadeira ocupada por Adélia Sales, que se aposentará compulsoriamente no próximo mês, é reservada aos conselheiros substitutos, com a escolha ocorrendo por meio de uma lista tríplice organizada pelo TCE-RN e encaminhada ao Executivo. A governadora Fátima Bezerra, do PT, terá a prerrogativa final após os indicados passarem por sabatina na Assembleia Legislativa.
Entretanto, a vaga que será aberta por Tarcísio Costa segue um viés político, sendo de indicação do Legislativo. Assim, uma disputa intensa se desenha nos corredores da Assembleia Legislativa, com um grupo de parlamentares buscando emplacar o deputado estadual tucano Gustavo Carvalho. Atualmente, Gustavo conta com nove votos favoráveis e mais três encaminhados, prometendo uma acirrada competição.
Caso Gustavo Carvalho vença essa disputa e assuma a vaga, isso abrirá espaço para o retorno à Assembleia Legislativa do ex-deputado Getúlio Rêgo, primeiro suplente do PSDB. O processo é complexo e estratégico, envolvendo alianças políticas e a possível reconstrução da base de apoio governamental na Assembleia.
A movimentação política em 2023 acendeu a luz de alerta no governismo, que busca recompor suas fileiras. A indicação de Gustavo Carvalho ao TCE poderia ser uma peça chave nesse xadrez político, possibilitando a reintegração de Getúlio Rêgo como parte da base governista.
Entretanto, uma segunda possibilidade surge com o nome de Vivaldo Costa, primeiro suplente da federação PT/PV/PCdoB. Com uma vasta experiência política, Vivaldo poderia ser "convocado" para o TCE, frustrando a ascensão de Getúlio Rêgo e mantendo Gustavo Carvalho na Assembleia.
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